Angelo Venosa, a encarnação das travessias
texto exposição Daniela Name, 2021
Angelo Venosa costuma contar duas histórias que marcam, respectivamente, sua infância e sua juventude, contribuindo de forma não-esquemática para a sua formação como artista. Na primeira, o irmão mais velho relata a trama de um filme de terror, no qual um serial killer mata as estudantes de um colégio interno, ...
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O artista elege a sombra, com a sua misteriosa e suave irradiação, como a ordem constitutiva da realidade, uma verdadeira estrutura de pensamento que intensifica, dinamiza e abala a relação entre o volume e o espaço.
texto exposição Vanda Klabin, 2019
A escuridão é indispensável para apreciar a beleza. Junichiró Tanizaki, Elogio da sombra Angelo Venosa é considerado um dos principais expoentes do cenário cultural contemporâneo. Trabalha em territórios híbridos, cultiva as ambiguidades perceptivas que guardam infinitos enigmas. Inquietas e interrogativas, suas obras problematizam a visão do espectador. Com vasta ...
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Ao vermos Angelo Venosa reinventando sua própria produção depois de mais de trinta anos de carreira, percebemos que o contato entre arquitetura e vida se faz urgente. E, com isso, são criadas, nos termos de Jean Luc-Nancy, “arquividas”, gerando vida a partir da vida, tomando impulso, se propagando, disseminando-se.
Catálogo Marcelo Campos, 2019
Angelo Venosa, um dos principais escultores da arte brasileira, apresenta-nos a exposição Decompor.Compor, a qual, composta por duas peças, ocupa a Galeria Candido Portinari, na UERJ. A relação entre escultura e espaço rendeu laudas históricas de reflexão, nas quais se discutia a impossibilidade de separação dessas duas instâncias: obra e ...
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Essa nova exposição de Angelo Venosa deixa mais visível, especialmente em três séries de obras, o diálogo de sua obra com o desenho
Ensaio Felipe Scovino, 2015
Essa nova exposição de Angelo Venosa deixa mais visível, especialmente em três séries de obras, o diálogo de sua obra com o desenho, sem abandonar aquilo que foi sempre o fio condutor de sua trajetória: a sua pesquisa como escultor, e por conseguinte o espaço como seu motivo condutor. Em ...
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Angelo Venosa é representativo desse mal-estar com as determinações especialistas do modernismo, embora, como também seus pares de geração, não pudesse prescindir das referências e do legado universal desse passado.
Texto Lígia Canongia, 2013
A perspectiva romântica que se descortina no trabalho de Angelo Venosa, por meio de seu viés expressionista, remonta à década de 1980, período em que a obra se originou. Os anos 1980 primaram pelo hibridismo dos gêneros e movimentos históricos, com resultados heterogêneos, figuração desordenada e diversidade material, tentando se ...
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A obra de Angelo Venosa evidencia a vocação entrópica da dobra contemporânea: o momento em que ela se fecha definitivamente em si mesma, segrega seu próprio espaço. Seu ponto de partida não é o conceitualismo da década de 1970, e sim a volta à pintura da Geração 80, um movimento que, a princípio, revalorizava o imaginário e a gestualidade espontânea do artista
Texto Lorenzo Mammì, 2013
A estrutura fundamental do modernismo, sobretudo o de matriz construtiva, foi a grade: um sistema de linhas ortogonais paralelo ao plano da tela, a partir do qual era possível construir “boas formas”. A grade garantia o trânsito entre o mundo das coisas e estruturas da percepção, funcionava como um filtro. ...
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A produção recente de Venosa, em que painéis de vidro são pendurados ou colocados paralelamente uns aos outros, cada um contendo uma inscrição, cujo significado é revelado a medida que todos os painéis estiverem sobrepostos, torna-se uma representação gráfica muito apropriada para falar de como a escrita no seu trabalho se relaciona com sua obra como um todo.
Texto Michael Asbury, 2013
Passando em revista a recepção crítica do trabalho de Angelo Venosa nas últimas duas ou três décadas, encontramos reflexões brilhantes de autores, críticos e curadores dentre os mais perspicazes do Brasil. Distanciados entre si pelo tempo e pela natureza mutável da profissão de artista, esses comentários podem ser considerados, quase ...
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9 de julho de 2012, no ateliê do artista, Rio de Janeiro.
Entrevista Paulo Sergio Duarte, 2013
Em 2008, a Cosac Naify publicou um livro sobre Angelo Venosa com uma análise crítica incontornável sobre sua obra feita por Luiz Camillo Osorio. O livro traz ainda uma preciosa seleção de textos de Flora Süssekind, Bernardo Carvalho, Lorenzo Mammì, Ivo Mesquita e Ronaldo Brito. Com a realização, no Museu ...
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Na suposição de que já estamos na era posterior à do “campo ampliado da escultura”, a obra de Angelo Venosa exige como poucas e integralmente o termo “escultura”. Certamente não no espírito acadêmico, mas no modo como trata das características próprias dos objetos tridimensionais: peso, volume e massa de um objeto unitário, fechado, íntegro, sólido.
Texto Paulo Venancio Filho, 2013
Na suposição de que já estamos na era posterior à do “campo ampliado da escultura”, a obra de Angelo Venosa exige como poucas e integralmente o termo “escultura”. Certamente não no espírito acadêmico, mas no modo como trata das características próprias dos objetos tridimensionais: peso, volume e massa de um ...
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“O que agora eu conto é a combinação daquilo que ele me contou e da minha imaginação (...) Foi assim que imaginei o seu sonho e o seu pesadelo. O paraíso e o inferno.”
Bernardo Carvalho, Nove noites
ensaio Daniela Name, 2012
“O que agora eu conto é a combinação daquilo que ele me contou e da minha imaginação (...) Foi assim que imaginei o seu sonho e o seu pesadelo. O paraíso e o inferno.” Bernardo Carvalho, Nove noites Angelo Venosa já descreveu seu processo de trabalho na escultura como ...
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Angelo tem 5 anos de idade e brinca no quintal de casa, em São Paulo. Sua mãe, Maria, usa uma mangueira para lavar o piso de cerâmica. O filho observa a mãe e as gotas que se unem num trecho do chão
Matéria para O Globo por Audrey Furlaneto, 2012
Vai carregando com os dedos de menino porções de água até chegar a uma forma maior, orgânica, como um desenho líquido no piso da casa da infância. — É o tipo de raciocínio que me ocorre até hoje — diz ele, agora com 57 anos, organizando suas esculturas numa área ...
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Retrospectiva mostra como coexistem em Angelo Venosa aquele que disseca naturezas mortas e o que as faz reviver
Publicado em o Globo Marisa Flórido, 2012
Parecem fragmentos de corpos: carcaças, crânios, esqueletos, vértebras e dentes. São vestígios de seres assombrosos, excêntricos e estranhos, mas também suas imagens seccionadas, sua anatomia examinada. O espaço expositivo assemelha-se assim a um sítio paleontológico ou ao laboratório de um patologista. É como se estivéssemos em uma era irreconhecível, entre ...
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Nasce em São Paulo em 1954.
cronologia Ileana Pradilla Ceron, 2012
Nasce em São Paulo em 1954. Seus pais, Giuseppe e Maria Venosa, naturais da região de Campânia, no Sul da Itália, imigraram para São Paulo no inicio da década de 1950. Giuseppe, que aprendera o ofício da carpintaria em sua terra natal, trabalha no Clube Paulistano, onde se torna responsável ...
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Não por acaso, quinze anos depois da afirmação inicial, sua dissertação de mestrado em Linguagens Visuais, defendida na UFRJ, teve como título Elogio da opacidade. Menos que sobre sua obra, este texto focou no confronto dela com o mundo, na resistência ao tema como traço singular da linguagem poética.
Livro por Luiz Camillo Osorio Almeida, 2008
“Se eu quisesse dizer alguma coisa com os meus trabalhos, não faria esculturas. Escreveria um livro.”[2] Com esta sentença de 1992, Angelo Venosa assume a opacidade como uma marca de sua obra, cuja presença física no espaço impõe-se à revelia de toda e qualquer retórica. Suas formas carregam o ...
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Angelo Venosa, nascido em São Paulo em 1954, com estreia em 1983, é um dos mais contundentes artistas brasileiros vivos
None Régis Bonvicino, 2009
Angelo Venosa, nascido em São Paulo em 1954, com estreia em 1983, é um dos mais contundentes artistas brasileiros vivos. Aliás, escolheu a vertente mais difícil das artes plásticas: a escultura. Por isso, é de se saudar o lançamento do livro Angelo Venosa, que reúne parte significativa de sua obra ...
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Acredito cada vez mais em um trabalho cego, em que você tem noções de direção, mas não sabe exatamente como vai chegar, nem por que caminho
entrevists Bernardo Carvalho, 2006
Venosa modela o avesso de uma arte que se tornou sinônimo de referências culturais, políticas e estéticas. “Acredito cada vez mais em um trabalho cego, em que você tem noções de direção, mas não sabe exatamente como vai chegar, nem por que caminho”, diz o artista, que há anos utiliza ...
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Assim como Daniel Senise, Angelo Venosa também acredita que sua obra oscila entre dois territórios.
Matéria para O Globo por Daniela Name, 2005
É como se eu pulsasse entre dois pólos — diz o artista. — Um deles é descontrolado, canceroso, barroco, podre, uma coisa mais fantasiosa. E o outro é algo que tenta ser absolutamente cartesiano, botar ordem nesta confusão, extrair um princípio disso tudo. Meu trabalho sempre ficou pulando entre os ...
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Haveria muito a se falar, como sempre há quando o assunto é o salto, a passagem, o que está no ar.
Matéria para o Jornal do Brasil de Elvira Vigna, 2005
E se fala, então, sempre, sobre os dois pontos, o que fica antes e o que estará depois, os trapézios construídos para que haja o salto. No caso de Ângelo Venosa os dois pontos podem ser o que é coisa viva e o que é coisa morta, o que é ...
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Una delle invenzioni più straordinarie di Antoni Gaudí sono le sue funícules, modelli artigianali ed estremamente semplici con cui l’architetto calcolava, in maniera empirica ma assolutamente esatta,
Texto por Jacopo Crivelli Visconti, 2004
Le funícules consistevano in corde appese per le due estremità al soffitto o ad appositi sostegni, e da cui pendevano dei pesi che ne modificavano la parabola creando degli archi più meno acuti, che venivano poi riprodotti, invertiti, nella costruzione reale. Per visualizzare meglio l’effetto plastico che gli archi avrebbero ...
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A escultura vaza o espaço real, prossegue em direção ao que só é apreensível pelos olhos e pela mente
Catálogo por Agnaldo Farias, 2003
À esquerda da rede e antes da escultura de luze, as duas peças compostas de correntinhas de metal e espelho, duas esculturas que se desfazem em linhas e imagens; duas cascatas prateadas, cujos jorros despencam do alto para irem além, respectivamente, do teto e do chão do ambiente. Na primeira ...
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Avesso a explicações racionais sobre seu trabalho, Angelo Venosa recorre com freqüência à idéia de há algo de prosaico em sua produção
Matéria para O Estado de São Paulo por Maria Hirzman, 2002
Uma certa casualidade que faz com que os trabalhos adquiram um rumo totalmente daquele distinto daquele idealizado inicialmente. Talvez esse caráter intuitivo explique como suas obras - uma seleção delas pode ser vista a partir de hoje na na galeria Marília Razuk - trazem um forte componente inconsciente. Marcada por ...
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"É quando o signo se coloca em sua insignificância, que o originário, o fundo velado de toda natureza, pode se apresentar". [F. Hölderlin]
Crítica por Luiz Camillo Osorio Almeida, 2001
O espaço generoso da galeria Celma Albuquerque é convidativo para exposições em dupla. Sempre que penso nessa possibilidade de duas obras conversarem em uma mesma exposição, penso primeiro nas diferenças do que nas aproximações. Seda no confronto com o seu oposto que uma poética melhor revelaria sua força e especificidade. ...
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Dentre os trabalhos incluídos na seção "Galeria" da versão online do jornal O Carioca, há um de Angelo Venosa
Texto do livro de Flora Süssekind, 1999
Idealizado especialmente para visualização via computador, que materializa, com certa auto-ironia, alguns dos motivos e princípios mais característicos do seu método artístico. Trata-se de um pequeno esqueleto de perfil, cujos braços e pernas se movem com certa rapidez, produzindo-se, assim, uma figuração de movimento, e parecendo que ele caminha, a ...
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O trabalho de Angelo Venosa está sempre reagindo ao que se espera dele, na contramão do previsível.
Matéria para O Globo por Luiz Camillo Osorio Almeida, 1998
Sua resistência ao óbvio, contudo, é silenciosa e singular. Nos anos 80, quando a maioria apostava no prazer da pintura - que na verdade acabou transformando-se no prazer do mercado - Venosa apareceu no circuito com suas esculturas orgânicas, arqueológicas, em nada agradáveis ou prazerosas. Depois, assim que voltou da ...
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Doze pequenos blocos, feitos de cera e dentes de boi, dispostos lado a lado numa das paredes da Galeria Camargo Vilaça (SP)
Matéria para o Jornal do Brasil de Flora Süssekind, 1996
na exposição ali realizada pelo escultor Angelo Venosa em 1994, parecem figurar, de modo particularmente exemplar, o movimento de redimensionamento narrativo que tem marcado a produção cultural brasileira desde finas dos anos 80. Vistas de longe, por conta do uso do mesmo material e de dimensões semelhantes, essas peças, rigorosamente ...
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Já houve quem associasse a agressividade das esculturas dentadas de Venosa à própria violência da sociedade brasileira.
Matéria para Veja por Ângela Pimenta, 1994
Se não rejeita essa interpretação, o escultor também não a endossa. "Pode ser, mas, quando tenho um osso na mão, o que me encanta é a forma. Quase me esqueço de que em volta dele já pulsou alguma forma de vida", disserta. Desde criança, Venosa é fascinado por formas orgânicas. ...
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A obra de Venosa põe em xeque o conceito costumeiro de mímese.
Texto de Lorenzo Mammi , 1994
Sua arte não se recusa a imitar a natureza, como a maioria das estéticas desse século, nem reduz a natureza a um sistema de signos, a uma imagem ou a um estímulo perceptivo, como as correntes realistas e neo-figurativas. Simulando procedimentos orgânicos repete a relação de esqueleto e pele, osso ...
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Estas linhas que se seguem referem-se ao texto de Reinaldo Roels discutindo um texto meu para uma exposição de Angelo Venosa.
Texto de Luiz Camillo Osorio Almeida, 1993
Elas servem menos como uma tréplica e mais como um papo sobre possíveis discordâncias quanto ao que seja o romantismo e sua herança, o sublime, o belo, a relação entre arte e a história, e portanto sobre o estatuto da produção artística contemporânea nela incluída, é óbvio, a obra de ...
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Não deixa de ser curiosa a associação que Luiz Camillo Osório de Almeida faz entre o trabalho de Angelo Venosa e o sublime
Crítica por Reynaldo Roels, 1993
Não deixa de ser curiosa a associação que Luiz Camillo Osório de Almeida faz entre o trabalho de Angelo Venosa e o sublime, tampouco sei se Venosa concorda ou não com tal associação – até porque, uma vez parida a obra para o mundo, o artista deixa de ter "direitos" ...
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Rio, Abril 1993.
Ensaio por Luiz Camillo Osorio Almeida, 1993
Percebe-se diante das obras de Angelo Venosa uma filiação romântica inequívoca. Esta afirmação, todavia, deve ser esclarecida de forma a não tomarmos seu romantismo errôneamente. Há uma tendência em compreender o romantismo – o que não é falso, apesar de simplista - como a valorização da subjetividade agônica do artista. ...
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À primeira vista as esculturas recentes de Angelo Venosa são enigmáticas.
Texto de Ivo Mesquita , 1993
Deslocam o olhar para um lugar mais embaixo, um terreno outrora sedimentado e que estas peças vêem revolver e tentar potencializar. Dentes que mordem a retina, fragmentos que suportam uma memória aterrorizada, há nelas uma beleza estranha que o olho não resiste e contempla (ainda que arrepiando-se). Vestígios de cadáveres, ...
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Brasileiros expõem na principal bienal do mundo da arte
Matéria para o Jornal do Brasil de Márcia Fortes, 1993
VENEZA Angelo Venosa, um dos três artistas que estão representando o Brasil na 45ª Bienal de Veneza, estava com cara de assustado ontem, seu primeiro dia na mostra de arte mais importante do mundo. "Isso aqui é enorme", disse Venosa. "É bem diferente, não tem nada a ver com a ...
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Se Arp e Henry Moore ainda podiam fazer a natureza vir à tona em manifestações harmônicas e plásticas
Texto de Rodrigo Naves, 1989
Os atuais trabalhos de Angelo Venosa demonstram que algumas transformações fundamentais tornaram praticamente impossíveis essas passagens. E isso em boa parte porque a natureza como manifestação tornou-se quase uma lenda, um rumor distante que talvez Jackson Pollock tenha sido o último a poder acolher. Sem dúvida, a ausência dessa dimensão ...
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Espécie de bricolage brutal, inquietante e exaustiva, poderíamos nomear assim, provisoriamente, o processo de trabalho de Angelo Venosa.
Texto de Ronaldo Brito, 1987
Na origem está, com certeza, a inviabilidade do design, o conceito de boa forma e de projeto. O resultado aqui contraria acintosamente a idéia mesma de final: as diversas torções reflexivas, os traços patentes da atividade pesada e demorada, terminam estranhamente próximos ao arcabouço e ao arremedo. E assim permanecem ...
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É uma posição curiosa a que Angelo Venosa ocupa na tradição recente da escultura.
Texto de Paulo Venâncio Filho , 1987
Aqui, não se filia à corrente neoconcreta. Na perspectiva internacional tampouco se relaciona com a vertente minimalista. Há uma singularidade em seu processo. Seu próximo, creio, é Dubuffet. Dubuffet é também um explorador da matéria, à busca de uma verdade em estado bruto que só a matéria revela. Venosa participa ...
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Catálogo-geral da 19ª Bienal Internacional de São Paulo
Texto de catálogo Frederico Morais, 1987
A escultura de Angelo Venosa sugere-me as seguintes observações:1. Ela participa do processo renovador da escultura atual, que é paralelo à transvanguarda, aos novos fauves, ao pattern e à new Image.2. No Brasil insere-se na vertente construtiva e absorve elementos de nossa raiz barroca. Contudo, seu minimalismo não revela a ...
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O escultor contemporâneo vive sob o assédio constante de um fantasma: o esgotamento das formas modernas.
Crítica por Ronaldo Brito, 1986
A depuração exemplar da forma em Brancusi, a sua delapidação dramática e essencial em Giacometti ou a sua inopinada e singular emergência em Arp, por exemplo, investiam decididamente contra a tradição; por isto mesmo, detinham o valor de atos inaugurais. A liberdade moderna, como se sabe, acabou gerando um impasse ...
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Márcio Doctors — A gente poderia começar pela dificuldade de falar sobre a obra.
Entrevista com Márcio Doctors, 1985
MD — Porque existe uma dificuldade aí. De certa maneira, ela nasce do fato de que, quando você fala, você mata. Eu tenho essa relação com a palavra, acho que ao falar, ao enunciar, alguma coisa deixa de ser vivida. Principalmente em relação à arte, que é muito do fazer. ...
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